quarta-feira, 7 de setembro de 2016

2º Encontro da Confraria Tênis & Vinho MT

Finalmente parece que o inverno em Cuiabá está com cara de inverno. Afinal, quem é que se lembra de termos clima frio por aqui em pleno início de Setembro? Como a cavalo dado não se olha os dentes, temos somente a agradecer pelo clima gostoso do último fim de semana, que foi perfeito para as degustações da segunda reunião oficial da Confraria Tênis & Vinho MT, realizada no Sábado, 3 de Setembro, na residência do confrade Wladimir Correa.

O tema da reunião foi definido pelo anfitrião: a uva Tannat. Originária da França e transformada com o tempo em uva emblemática de nosso vizinho Uruguai, a Tannat é conhecida por produzir vinhos de coloração intensa, taninos agressivos e elevada acidez natural, características trabalhadas pelos produtores tanto em garrafas varietais quanto em blends com outras cepas tintas.

Apesar da fama da Tannat estar mais associada ao Uruguai, o país que mais marcou presença na reunião foi o Brasil, com duas garrafas. Porque aqui é assim: nós vestimos a camisa verde-amarela! A verdade, apesar da brincadeira, é que a uva tem grande presença na produção vitivinícola nacional, e o fato de dois confrades terem trazido garrafas de vinhos nacionais é uma prova disso.


Abrimos o evento com um uruguaio jovem e sem qualquer passagem por madeira, o Don Pascual Varietal Tannat 2015 produzido pela Família Deicas / Establecimiento Juanicó, trazido pelo confrade André. A garrafa foi embora rapidinho, e segundo o confrade José Nilto o vinho surpreendeu pela densidade e por uma boa combinação de frutas vermelhas no olfato.


A intenção do confrade Edward ao trazer o argentino Michel Torino Colección Tannat 2012 (Bodegas El Esteco / Grupo Peñaflor) era ser "diferente" e fugir um pouco do eixo Uruguai-Brasil, que praticamente domina a presença da Tannat no mercado nacional. Mais austero que o vinho anterior, este já tem 30% de passagem em carvalho por um período de 6 meses. Foi a garrafa com maior acidez e álcool da noite, um aspecto percebido por vários confrades, além da presença de tabaco e fruta madura no olfato.


Do terroir da Serra Gaúcha, no Rio Grande do Sul, veio o Fausto Tannat, safra 2014 produzida pela Pizzatto Vinhas e Vinhos. Acima, o anfitrião Wlad apresenta o vinho, que tem passagem por barris de carvalho de terceiro uso e demonstrou isso tanto no olfato quanto em boca, segundo a maioria dos confrades presentes. Encorpado, houve ainda menções a chocolate, além dos esperados aromas de frutas negras.


Novamente o Brasil marcou presença com a última garrafa de Tannat da noite, graças à escolha de José Nilto. Produzido pela Cooperativa Vinícola Aurora na Serra Gaúcha, o Aurora Reserva Tannat 2014 se mostrou bastante equilibrado em matéria de acidez e taninos, com aromas de frutas vermelhas e negras muito maduras, textura encorpada e elegante. De acordo com o contrarrótulo, este vinho também passa por amaciamento em carvalho americano e francês.

Uruguai, Argentina, Brasil e Brasil

Após as degustações e muitos "causos" compartilhados pelos presentes, foi eleito como melhor vinho da noite o uruguaio Don Pascual Varietal Tannat 2015, favorito de dois dos quatro confrades. Sem detrimento em relação aos demais vinhos, o fato do único uruguaio ter se saído como melhor da noite talvez seja um indicativo de porque atualmente nosso país vizinho seja referência em relação a essa variedade de uva.

Ao final do evento, o anfitrião Wlad ainda tirou de sua adega particular um blend chileno para um brinde final. Abaixo está ele, o Isla Negra West Bay Cabernet Sauvignon / Merlot 2015, que é produzido com a habitual competência da Cono Sur e leva em sua composição 85% de Cabernet e 15% de Merlot.


Da esquerda para a direita
Márcia e José Nilto, André e Ana Cláudia, Edward e Francielli (e Maria Izabel), Thelma e Wlad (por trás da câmera)

Após mais um evento de absoluto sucesso, a Confraria Tênis e Vinho MT segue firme e forte, promovendo a cultura enófila e a prática de esporte entre seus integrantes.

Que venha o próximo encontro!

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

1º Encontro da Confraria Tênis & Vinho MT

Depois de muita discussão e trocas de opiniões, na noite do último Sábado, dia 30 de Julho de 2016, foram finalmente iniciados os trabalhos da Confraria Tênis & Vinho MT, na residência do confrade Edward Figueiredo.

Esta nova confraria de amantes do vinho nasce na capital matogrossense com a presença de três dos seis confrades fundadores. Ela tem como diferencial o fato de todos os seus membros (com exceção das esposas) serem jogadores e praticantes de tênis, um esporte que agrega tudo o que há de bom relacionado a saúde, qualidade de vida e companheirismo, o que por sua vez tem tudo a ver com vinho.


Para o primeiro encontro o tema foi livre, o que significa que os vinhos trazidos seriam basicamente surpresa para todos. A harmonização foi a clássica combinação de queijos e vinhos, devidamente acompanhada por pães, frutas secas, patês e sucos.

Confrades presentes:
  • André Giovani Maciel e esposa Ana Cláudia;
  • José Nilto de Andrade e esposa Márcia;
  • Edward Figueiredo e esposa Francielli.

Sem mais delongas, vamos às estrelas da noite:


O Chablis 2013 do Domaine Christian Moreau, um Chardonnay clássico da Borgonha e oferenda do confrade Edward, foi responsável por inaugurar a confraria a abrir a noite. Misterioso no olfato e cristalino, delicado e untuoso no paladar, foi-se embora rapidamente enquanto os convivas começavam a conhecer cada uma das variedades de queijo ao redor da mesa.


Em seguida foi aberto o Septima Cabernet Sauvignon da safra 2013, produzido em Mendoza pela bodega homônima e cortesia do confrade André. Vinho de médio corpo, marcado por nuances de frutas vermelhas e especiarias, que começou a fazer par com os queijos mais fortes do nosso cardápio.

Confrade André apresentando sua casta de uva favorita

Em meio a muitos "causos" inusitados e conversas animadas sobre tênis, incluindo o primeiro pneu em duplas sofrido por André e Edward na tradicional partida entre os confrades naquele mesmo Sábado pela manhã, alguns favoritos na mesa emergiram, como o brie sob camada de mel e os pães sob patê de azeitona apimentada.


José Nilto marcou presença com este clássico da vinícola Terre di Sava, o Luccarelli Primitivo 2015 produzido na região italiana de Puglia. A leve acidez misturada ao olfato de frutas do bosque, o bom corpo e os taninos firmes fecharam nosso primeiro evento com chave de ouro, mas muitas emoções ainda estavam por vir.


O anfitrião Edward bem que ensaiou derrubar algumas taças ao gesticular descontroladamente em alguns momentos, mas foi Nilto quem teve a honra de temperar nossa baguete com um pouco do autêntico vinho italiano. Na foto acima ele mostra o resultado de sua empreitada. Ninguém saiu ferido do incidente, que somente rendeu risadas e uma já meio que merecida fama ao nosso afoito colega.

França, Argentina e Itália em noite de gala

Ao final do evento, Edward tirou da adega um vinho especial para compartilhar com os amigos, juntamente com um mousse de limão com chocolate amargo oferecido pela anfitriã Francielli. Foi o Alambre Moscatel de Setúbal 2010, produzido pela famosa vinícola portuguesa José Maria da Fonseca (conhecida pelo inconfundível rótulo Periquita). Um vinho generoso de cor âmbar, que no alto de seus 17,5% de álcool exalava aromas extremamente maduros de damasco, melado e mel.


Foi somente após muitas semanas de conversas e muito planejamento que o primeiro evento de nossa confraria ocorreu, e apesar de alguns colegas não estarem presentes dessa vez fica a expectativa para que nossa próxima reunião seja ainda mais animada e bem-sucedida!

Da esquerda para a direita
André e Ana Cláudia, Márcia e José Nilto, Edward e Francielli

Saúde a todos, e que venha o próximo encontro no final de Agosto!